14 abril 2007

todas_as_coisas_de_todos_os_mundos

Dentre as cores desse mundo apático
E as arestas dos sonhos perfeitos
Encontra-se a mais bela das farsas
Das idéias de contos desfeitos

E como os dias me parecem longos
E as noites não passam e não se desfecham
As idéias vão e se retornam fracas
Pelas forças e os lados negros

Como o mundo se tranca e protege
Os tesouros de nenhum valor
O que me resta são os versos
Tênros, que me acolhem em todo seu calor.

e_as_portas

E foi aí que aquela porta se abriu
e nesse aí, que alguém me viu
E num esforço memorável
E me pediu, e então saiu.

E então aquela porta fechou
E aquele alguém eu nunca mais vi
E quando eu dei por conta de mim.
E então pensei que o mundo acabou.

E passou o dia e noite virou
E quase o outro dia raiou
E certo que eu então percebi
É uma desilusão que vivi.

E então tratei de viver outra vez
E nem me importei, nem me liguei
E os dias passaram, eu sei
E toda essa dor eu curei

E quando destraído eu estava
E num segundo me liguei
E a porta se fechou de novo
E o tempo passou, e eu curei.