16 março 2008

Ilhéus Do Prata - MG


[fiz uma viagem curta, pra Ilhéus do Prata, minha roça, encrustada por entre as montanhas do interior de Minas Gerais...]

[o que me rendeu algumas boas fotos, de momentos cálidos e singelos e singulares e que puderam ser parcialmente captados, pela lente, que rouba as imagens que quero, ver, depois]

[tenho um conceito sobre fotografias, defino-as como sendo "egoísmo_de_nostaugias_anteriores]



[defino minha roça, como sendo um lugar de poucas visitas minhas, de pouca vontade de lá estar, porém de um lugar bom quando se precisa descansar]

[diverti-me, fazendo-as, espero que gostem, ou que não gostem, enfim, opinem]

[portanto, obrigado por vê-las e vir, e então clique nas fotos para poder abrir]

sem_sofreguidão

Ela respondia intrépida a si
Numa perfeição que se comporta
Placidamente inerte ao que a transpõe
Referia-se a ilusões do passado
Revelando-se atenta ao que lhe seja raro
E desistindo de mudanças muito enérgicas
Para que o tempo que lhe resta, não seja em vão

Segredos passageiros envolvem-lhe a mente
Já tomada por entorpecentes, que a vida
Pouca e vã que resta hão de lhe desfazer
O espelho respondia-lhe de forma calma
Seus ossos firmes ainda a estacavam estática no chão
Reflexos poucos de uma mente transeunte de um pedaço louco
A faziam entregar-lhe a força que restava, sem sofreguidão

Inútil a matéria morta naquela cama se decompunha
E a manhã que aparecia clara e gloriosa
Tornava o quarto de um defunto uma cena mais que tenebrosa
Lá fora amanhecia a vida, num recinto da qual ela já saíra.