18 junho 2008

paradoxo_imperfeito

x
Já me chamaram de politicamente correto, e eu sou correto ao atravessar as ruas (talvez mais por medo), e eu conjugo meus verbos corretamente, levanto o dedo quando quero falar, eu não sei arrotar, nem ao menos subir em árvores, conheço e faço uso das “palavrinhas mágicas”, respeito todos os idosos e sou até bonzinho...
[mas já falei “celebro” e erro no “agente”, meus arrotos existem, porém saem muito baixo, pulo muro quando preciso e me sinto bem tirando meleca do nariz, como pizza com a mão e sou inimigo de bandejas e copos, odeio alguns velhos, e xingo muito “caralho” e “puta-que-paríu” (ou melhor, eu os falo) e posso até falar mal dos outros, e sou até bonzinho... mas realmente, eu ainda insisto em ser correto ao atravessar as ruas (mais por medo...)]

17 junho 2008

verde=laranja=verde=cinza=laranja=verde

_to my green boy_



_se não enxergou a figura, você deve ser vegetariano_

_daltonismo não tem cura, vegetarianismo sim_

12 junho 2008

[ensaio][além_do_que_se_vê]


08 junho 2008

palavras e #'s

letrinhas, letrinhas
e os números então...
nunca vi quanta constância
isso eh sim, informação
letras e úmeros
coisas que,
realmente nunca existem
e existem tanto
dependem de tudo pra que existam
e não dependem de nada, no entanto
são tantas e de tantas outras formas
são muitas e das quais nunca damos descanso

parando com o drama e entrando na prosa, eh incrível como são complicadas as letras e números.
"coisas" que dependem de superfície pra existirem, que podem ser de toda forma, que podem alcançar qualquer tamanho, que podem ter qualquer cor, significar qualquer coisa, mas são sempre a mesma coisa.
complico-me falando delas, pois elas por si proprias complicam-se
complicam-me
complicado isso...

pois_

aconteceu...
que quando, um dia, um sol, às vezes
a mancha, o cinza, o céu
era manhã quando o sol sumiu
e não mais se viu
o brilho ergueu-se em devaneio
a retirada ardeu-se e se sentiu
bateu-se forte o vento frio
e o amor, então, partiu

aconteceu num dia de sol
a mancha varreu-se para anoitecer
cobria, lenta, dominante, oposta
numa era jovem que tem tempo de ceder

era num dia claro,
mas o claro jah não havia, o cinza cobria a alvorada
o amor não sabia onde se escondia
a mancha tornava-se sólida
e sol que então, jah discrente, corria
vencia-se a batalha humilhada
e o amor no dia escuro então, morria...