12 outubro 2007

saudades_hipotéticamente_metafóricas


Pois é,
Hoje senti saudades de uma forma diferente
Não de físico
Mas de coisas que acontecem com a gente
Que já me deixaram muito e muito contente
E que hoje sumiram um pouco de mim
Senti saudade de uma forma indefinida
Sem saber ao certo como foi acontecida
Deixando-me sem saber como explicar enfim
Pois é,
Saudade de tempos que não voltam
Saudade sem saber como explicar
Saudades relativas e remotas
Saudade de ter alguém pra amar
Hipoteticamente melodramático
Pois é.

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passos_perdidos

Amanhecia na torta ruazinha sem saída
Por onde ainda bem cedo a velhinha caminhava
Seus passos curtos, tortos como vírgulas
Seguiam pelo caminha ainda enegrecido em retalhos
Eram lentos seus movimentos poucos
E brilhantes os olhos acima de um sorriso aparente
Colhia as flores no fim da viela
Aprovava as bonitas mostrando seus dentes
Era de muito, o tempo em que ela o fazia
Tornando-se parte da paisagem diária de rotina
Era dia após dia repetindo seus atos
Assim que a aurora abria a sua cortina
Depois de colhidas as flores iam para uma cesta
Onde mais tarde todas elas estariam preparadas
No correr do dia a velha então sumia
Retornava sorridente com a cesta decorada
A velha por décadas de flores vivia
Com todo o seu flair e talento com que as vendia
Hoje amanheceu na ruazinha sem saída
E a paisagem rotineira fora modificada
Passaram-se horas sem passar a velhinha
Depois de semanas, no fim da viela, flores mortificadas.

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16VERSOS [1poema_(2nomes)]

Dois_perdões [que_não_(ob)tive]

Chegou e nem mesmo eu vi
Parou, dançou e me reparou
Andei, cantei e me perdi
E então saí sem mil perdões

Mas quando eu não sei mais contar
Eu faço o tempo tentar me parar
As linhas que faço diminuem-se num vão
E fecho o verso com uma rima sem perdão


Duas_mentiras [de_que_não preciso]

Mentira dizer que tudo é tudo bem
Como se não fosse concluir sem fim
Como viver sem reclamar de alguém
Verdade não é sempre terminar assim

Mesmo quando o que surge não é suficiente
Isso pode fazer de alguém um alguém contente
E quando o dia não passar de sono vago
Mentira é ser eu sempre estressante

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Balada pralguém

Eu vôo,
Me faz amar
Ame o que em mim for banal e o que me faz chorar
Pra que tudo que eu falo venha me abalar
Eu corro,
Ande ao meu lado quando não mais te querer
Ame a mim e ao que te faz adormecer
Eu choro,
Cante quando a minha música ainda não se acabar
Ame tudo, ame nada daquilo que me fez chorar
Me cuide, eu volto,
Sem nunca ter saído de nenhum lugar
Quando tudo que nos mantêm é fazer lembrar
Então quando te abandonar
Eu vôo mais alto e longe pra te encontrar
Pra que um dia sem som-de-fundo
Eu poder te fazer chorar
Pra que tudo que fizemos possa se acabar
Eu ando,
Cometendo erros distantes e sem me julgar
Eu vôo mais alto e longe pra te encontrar
Me ame, me cuide,
Pra que o tempo dos descontentes possa se acabar
E do sorriso mais que contente eu possa enxergar
Eu amo, me move,
Eu vôo, distante...
Eu amo...

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