21 junho 2007

dor_(e_o_fim_de_toda_uma_imensidão)

E meu coração dói
Dói como em compasso e ritmo perdidos
Decompões-se em instantes desprendidos
Dói como serenos, ausentes, destemidos
Como recados de um em toda a multidão
Meu coração dói por razões determinadas
E em todas as minhas ações tão impensadas
Meu peito se explode sem nem se mexer
Meu coração pára sem nunca mais se mover
Num pouco instante depois sinto-o morrer
E de meu infinito daí prende-se em se perder
E meu coração já frio decompõe-se ao amanhecer

busca_(três_estrofes_de_um_mesmo_verso)

Tento alcançar proporções inatingíveis
Já fiz mil maneiras de ser um só
Em muitas me arrependi de ser só um
Caminhei pra ficar no mesmo lugar

Olhei discretamente pra que fosse visto
Disse muito não, querendo dizer sim
Consegui façanhas nunca almejadas
Muito e nada fiz pra ser sempre eu, assim

Detestei pessoas feitas pra ganhar amor
Esperei por amar quem nunca nem pude escutar
Quis trilhar veredas sem usar minhas pernas
Já consegui amores, hoje estou a procurar