16 novembro 2008

[e_que_nem_sei...]

Entre as tantas que são vazias
E as poucas que são distantes
Guardo algumas crises não vividas
E mistérios sem consoantes
Fui quase criando um jeito novo
Uma idéia nada genial
Falo de mim como falo de pouco
E do pouco que o mim tem de animal

Que gasta tantas palavras e diz um ponto
Que cobre uma linha inteira e conta um conto
O mim que vive esperando coisas inexistentes
Abrumando nas coisas o que há de contente
Eu que nunca ganhei um poema
Que espero por alguém que me ensine a chorar
Que vou criando estórias e reservando conceitos
Que escrevo tanto sobre o amor
Sem nem saber direito o que é amar

[poema batizado por alice
[menina que cabe dentro do vidro de mulher]