03 setembro 2008

insípido_

Da querência fez-se o ato
E em meio a rumores tortos de corpos descabidos fez-se o desgosto
Aberto em meios críticos fez-se em mente
E pelo meio destemido fez-se presente
A ocasião se abriu pra ele como fáceis rajadas
E a dor incisa em carne corta-lhe como vento
A insípida leveza dos corpos passando lentos
A cabeça latejando por entre o seu alento
Concentrado e já tão torpe ele, assim, andava
Pisando duro, castigando o chão temente
Cabia-lhe certeiro entre a cor e o que era ausente
E não temendo os erros dos quais se amargurara
Sem letras, sem som nenhum ele some
E dele o mundo não vai nem sentir falta
A querência de não fazer mais parte dele
Fê-lo andar em tempos que não são daqui, nem de outrora