27 julho 2008

na_coxa_esquerda

Eu desenhava nas coxas
E a cor da caneta se espalhava
Desprendiam-se palavras no canto
Desvencilhavam-se instantes risonhos
A linha havia, aparecia, sumia de molho
E foi num dia distante
Dançavam lindos os pisantes
Podia-se ver lá nos mirantes
Dons insuportavelmente inconstantes
E eu bordava nas bordas
E as contas tantas
Pelas linhas tontas
Traços feitos tortos
Cores bem medonhas
Letras contorcidas
Desenhos distantes
No mirante da minha perna esquerda
Quer saber? Então encontre...