19 agosto 2007


Desde um dia que se abre claro
Ao romper silencioso de uma noite mansa
Escolhas, sentidos,
Minhas direções se distraem e me desmantelam
Minhas precipitações me tiram o norte
Desde o banido grito que não ecoa
À lágrima firme e doce que não me escoa
Memórias, grunhidos,
Minhas terminações não mais se transferem
Tiram-me a atenção de onde me mantinha distante
Minhas locomoções se contorcem em caminhos confrontantes
E me levam à lugares ínfimos e adotantes
Sonhos, afagos,
Deliro imagens densas e libertinas
Caminho em hipotéticas correntes fluentes em meus destroços
Minhas insígnias me remetem a visões de tirocínio
Fui colocado em indiscretos vãos metodológicos
Ar, mistério,
A vida num livro de capa dura e costuras mofadas
Entre e constante na passagem do tempo oscilante
Meus traços os fazem com forma, e de um todo ausentes
Por mais vida o viver grifa nos meus sonhos

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