03 agosto 2007

felicidade_anti-clichê


Bizarros seríamos se seguíssemos o mundo
Vivamos tão livres quanto cães que bebem água na sarjeta
E saiamos a gritar poesias eróticas no auto-falante dos supermercados
Corramos na chuva com os casacos dos avós paternos
Gritemos aos pedestres pedintes as mais estranhas e doces palavras
Matemos o tédio com gafes enfadonhas
Saiamos de fininho nos jantares mais protocolados
Chutemos a canela dos chatos e emburremos a cara pra comida ruim
Xinguemos os vizinhos e seus gatos fedorentos
Façam os mais bebês em elevadores
Fabriquemos mais risadas sórdidas em lúgubres velórios de desconhecidos
Arrotemos mais alto que das ultimas vezes
Flatulemos mais pra culparmos os outros
E cantemos alto pra atingir as tristezas alheias
Bizarros seríamos se seguíssemos o mundo
Andemos na contra-mão

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