03 agosto 2007

meu_panorama_de_um_espaço_da_vida_(vivida,_ou_mesmo_ela_vendida)

Das gotas que caem me restam barulhos
E de fagulhos inertes ao vento, um distúrbio
Me enlouqueço por já não ser tão louco
Me careço de pequenos e antigos disgostos
O tempo se mostra pra mim com sua cara aberta
E me translúcida a têmpora ao longo de minha jornada discreta
Me reponho com tracejos formados de restos
Disponho de instantes para conhecer meus rostos velhos
Conheço-me hermeticamente a cada segundo
E esqueço de tudo o que eu vi, nos infinitos vagos de algum dos meus mundos
Controlo espaços em mim que seriam de afeto
Dispenso notórias noções reprisadas nos caminhos menos aceitos
Eu teço maneiras de me tornar mais épico e menos humano
E conheço as faces doloridas e concretas envolventes de enganos
Ao que estando em meu rumo julgado ser o mais certo
Percebo e tropeço nos meus natos e aspirados desgostos
Decisões de me tornar menos aparente e um pouco mais discreto
Findo antigos e começo caminhos púberes, sendo eles em janeiro, ou agosto...

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